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Israel: Tribunal se recusa a adiar julgamento de Netanyahu – 27/06/2025 – Mundo

Um tribunal de Israel rejeitou nesta sexta (27) o pedido do premiê Binyamin Netanyahu para adiar por duas semanas suas audiências em um processo por corrupção. A solicitação foi apresentada por seus advogados após o confronto com o Irã e a continuidade da guerra na Faixa de Gaza, além de um apelo público do ex-presidente americano Donald Trump, que defendeu a anulação completa do julgamento.

Na petição apresentada na véspera, o advogado de Netanyahu, Amid Hadad, argumentou que os “acontecimentos na região e no mundo” exigem a atenção integral de Netanyahu. “O primeiro-ministro é obrigado a dedicar todo o seu tempo e energia para a gestão de assuntos nacionais, diplomáticos e de segurança de extrema importância”, escreveu ele.

O Tribunal Distrital de Jerusalém, no entanto, considerou que o pedido “não apresenta, em sua forma atual, uma base ou justificativa detalhada para o adiamento das audiências”. A decisão foi publicada online e mantém o calendário de retomada das sessões previsto para a próxima semana.

Diante da recusa, o advogado Hadad apresentou uma nova petição, também solicitando o cancelamento das próximas audiências. Desta vez, anexou a agenda oficial do premiê como forma de demonstrar que ele está envolvido em temas descritos como cruciais para o país e, portanto, deveria estar dispensado de comparecer ao tribunal no momento.

A pressão por uma suspensão ou anulação do processo ganhou força entre aliados de Netanyahu, especialmente após Trump se pronunciar sobre o caso. Na quarta (26), o presidente dos EUA descreveu o julgamento como uma “caça às bruxas” e pediu que fosse “cancelado imediatamente”. Caso isso não aconteça, o republicano sugeriu que Netanyahu receba perdão por ser, segundo ele, “um grande herói”. A declaração ocorreu no dia seguinte ao cessar-fogo anunciado entre Israel e Irã.

O julgamento de Netanyahu começou em maio de 2020 e tem sido adiado sucessivas vezes desde então. Em um dos processos, ele e sua esposa, Sara Netanyahu, são acusados de ter recebido presentes de luxo, incluindo charutos, joias e champanhe, avaliados em mais de US$ 260 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) de empresários bilionários em troca de favores políticos. O primeiro-ministro nega todas as acusações.

Nos outros dois casos, Netanyahu responde por supostas tentativas de obter cobertura jornalística mais favorável em dois veículos de imprensa israelenses, em troca de benefícios regulatórios ou políticos.

O premiê obteve uma vitória política importante no último dia 12, quando deputados do país rejeitaram na uma proposta preliminar apresentada pela oposição para dissolver o Knesset, como o Parlamento israelense é conhecido.

Com o resultado, os deputados agora terão de esperar pelo menos seis meses para apresentar iniciativa semelhante. As próximas eleições legislativas em Israel estão marcadas para outubro de 2026.

Fonte: Folha de São Paulo

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