O caso da estudante brasileira, Sarah Borges, que obteve a maior nota da turma em Harvard não é isolado. Pedro Parmezani, 21 anos, natural do interior paulista, formou-se Magna Cum Laude em Física Aplicada e Matemática na West Virginia Wesleyan College, com GPA de 3,84, e conquistou prêmios como o Outstanding Physics/Engineering Award 2025 e o Senior Academic and Leadership Achievement Award. Ele também integrou o All‑Mountain East Conference Academic Team, reconhecendo seu desempenho acadêmico e esportivo.
O Brasil está exportando cada vez mais jovens talentos em esporte e áreas como engenharia e física. Em 2024, cerca de 110 mil brasileiros estudavam no exterior e os Estados Unidos receberam aproximadamente 16.900 brasileiros, mantendo o país na 9ª posição entre os maiores emissores no mundo. O desempenho destes prodígios está chamando atenção no país norte-americano.
O recente caso divulgado pela imprensa mostrou que pela primeira vez em 400 anos de história da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, uma brasileira se formou com a maior nota da turma. A conquista inédita é da goiana Sarah Borges, jovem cientista da área de Psicologia, que obteve a mais alta média geral entre os 1.960 formandos de 94 países que integraram a turma de 2025 da instituição norte-americana.
Natural do interior paulista, Pedro Parmezani, que desembarcou sozinho nos EUA aos 15 anos com o sonho de estudar e jogar futebol. Hoje, aos 21 anos, se destaca como um prodígio em física aplicada, engenheiro de sistemas em formação e ex-capitão de futebol universitário.
“Aos 15 anos, tive que aprender a liderar a mim mesmo antes de liderar os outros”, conta Pedro. Adaptar-se à vida em outro país, dominar o inglês e manter o foco nos estudos e no esporte exigiram disciplina e resiliência, qualidades que o acompanharam até hoje.
Pedro formou-se Magna Cum Laude em Física Aplicada e Matemática na West Virginia Wesleyan College, com GPA de 3,84, e conquistou prêmios como o Outstanding Physics/Engineering Award 2025 e o Senior Academic and Leadership Achievement Award. Ele também integrou o All‑Mountain East Conference Academic Team, reconhecendo seu desempenho acadêmico e esportivo.
Com bolsa do programa SURE, Pedro desenvolveu uma pesquisa inovadora sobre atenuação de radiação gama, testando materiais como chumbo, cobre e plásticos. “Em viagens espaciais, onde cada grama conta, descobrimos que plásticos leves podem proteger quase tanto quanto metais pesados”, afirma. Suas descobertas têm aplicações relevantes em saúde, energia nuclear e exploração espacial, setores que demandam soluções eficientes e seguras.
Paralelamente à pesquisa, Pedro mostrou liderança também nos campos: foi capitão da equipe de futebol universitário (NCAA) e atuou como Resident Assistant, equilibrando treinos intensivos, viagens e um currículo STEM rigoroso. “O futebol me ensinou disciplina, gestão do tempo e liderança sob pressão”, comenta.
O exemplo de Pedro reflete uma tendência nacional: o Brasil tem investido cada vez mais em formação internacional de jovens, especialmente nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). O número de brasileiros cursando universidades no exterior teve crescimento de cerca de 50% entre 2017 e 2022, segundo a UNESCO. Além disso, esses estudantes contribuíram com mais de US$ 1 bilhão à economia dos EUA em 2023 , fomentando inovação e pesquisa em várias frentes.
Pedro, poliglota em português, inglês e espanhol, também atuou como vice-presidente da International Student Organization e embaixador do Brazilian Sports Exchange Program. Agora ingressando no mestrado em Engenharia de Sistemas, ele planeja aplicar inteligência artificial e otimização em setores como logística, manufatura e tecnologia aeroespacial. “Minha meta é resolver problemas do mundo real, com rigor e inovação, sempre considerando quem será beneficiado”, diz.
Para jovens brasileiros, sua mensagem é clara: “Começar com medo é normal, o importante é não permanecer nele. Saia da zona de conforto e esteja sempre aberto a aprender.”
Em um Brasil que vive desafios econômicos e educacionais, com cerca de 20% dos jovens entre 25 e 34 anos com ensino superior completo, trajetórias como a de Pedro mostram que a aposta na formação internacional pode ser um caminho sólido para o desenvolvimento profissional, científico e pessoal. Ao combinar talento esportivo, liderança e pesquisa de ponta, ele representa a força e o potencial transformador dos jovens brasileiros que escolhem o mundo como seu campo de formação.