Uma informação divulgada neta quinta-feira pela “GloboNews” vai mexer, se confirmada, com intensidade na política de Alagoas e tem implicações no cenário nacional.
Trata-se da possível mudança de ministério do senador Renan Calheiros Filho (MDB), que trocaria a pasta dos Transportes pela Casa Civil da Presidência da República, possibilidade admitida até pelo presidente Lula (PT), que busca retomar a governabilidade a partir da melhora no relacionamento do seu governo com o Congresso Nacional.
Tudo a ver com a campanha eleitoral do próximo ano, quando Lula estará com 80 anos de idade na busca pela reeleição para um quarto mandato presidencial e precisará recuperar o desgaste atestado pelas inúmeras pesquisas de opinião que têm sido realizadas.
O MDB é um dos principais aliados do PT, conta com expressiva bancada na Câmara dos Deputados e no Senado e a presença do partido na articulação do Palácio do Planalto seria uma tentativa de pacificar a situação, que hoje é bastante precária.
Renan Filho está na metade do terceiro ano da sua gestão como Ministro dos Transportes, tem o aspecto considerável de ser senador e por trás dele tem a figura do pai, Renan Calheiros, com 31 anos de mandato no Senado, já foi deputado federal e é um dos personagens mais expressivos do MDB e do Congresso.
A questão para Renanzinho é sua pretensão de tentar pela terceira vez ser governador de Alagoas, até para reforçar a campanha de reeleição do pai, e sua saída do cenário local cria um considerável problema: aparentemente não há, no seu grupo, alguém com potencial para substituí-lo nessa empreitada com condições de vencer.
É mais uma cartada no embaralhado jogo sucessório em Alagoas.