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Lula deixa cúpula do G7 sem encontrar Zelenski e Merz – 17/06/2025 – Mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou a cúpula do G7 nesta terça-feira (17) sem conseguir conversar com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, prevista para ser sua principal reunião na viagem ao Canadá, que sedia o evento.

Segundo o Palácio do Planalto, o cancelamento do encontro, que ocorreria às 17h30 (20h30 de Brasília) desta terça, ocorreu devido a problemas de agenda dos dois líderes. Os trabalhos da cúpula nesta terça começaram com mais de uma hora de atraso.

De acordo com o Planalto, isso teria impedido Lula e Zelenski de ter a reunião bilateral e deixar o local a tempo de pegar os voos para retorno aos seus países.

O atraso também levou o premiê alemão, Friedrich Merz, a cancelar o encontro bilateral que também teria com Lula. O petistatambém ficaria no mesmo ambiente que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde que o republicano tomou posse, em janeiro. Isso também não ocorreu porque Trump antecipou sua volta aos EUA na segunda-feira (16).

Por fim, o presidente brasileiro reuniu-se formalmente com o premiê do Canadá, Mark Carney, e informalmente com os representantes de Coreia do Sul, México, Índia e África do Sul numa agenda que durou cerca de 24 horas.

Este seria o segundo encontro de Lula com Zelenski. A última vez que eles se reuniram foi em setembro de 2023, às margens da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.

Meses antes, os dois se desencontraram também numa cúpula do G7 em Hiroshima (Japão), em maio, de 2023. Naquela ocasião, os dois presidentes responsabilizaram um ao outro pelo cancelamento de uma conversa que teria sido agendada e não ocorreu. Lula disse que Zelenski “não apareceu”; o ucraniano, depois, afirmou que o brasileiro “não achou tempo” para se reunir com ele.

Agora, foi o próprio Zelenski quem pediu a conversa com o brasileiro nesta semana. A agenda poderia servir ao presidente para equilibrar as críticas que recebeu na recente visita à Rússia.

Desde que assumiu o governo, em 2023, Lula tenta se colocar como um possível mediador para o conflito entre Ucrânia e Rússia, iniciado um antes da sua posse, mas tem recebido críticas pelo que países consideram ser uma posição pró Vladimir Putin.

Logo no início do mandato, o governo tentou costurar com a China uma posição conjunta para uma futura negociação de paz na Ucrânia, o que foi rechaçado por Zelenski.

Neste ano, Lula voltou a se engajar no tema. Após participar das celebrações dos 80 anos da vitória russa na Segunda Guerra Mundial, ele pediu a Putin, durante uma ligação, que fosse a Istambul negociar um cessar-fogo. Delegações dos dois lados da disputa se reuniram na Turquia para conversas, mas nem Putin nem Zelenski compareceram.

“Seria um gesto que ele [Putin] faria para aqueles que não acreditam que ele quer paz. Ele explicou as razões dele. Obviamente que eu fiz uma proposta dessa, sabendo que um governo tem uma série de gente que ajuda ele a tomar decisão e que, muitas vezes, o presidente não se expõe de ir em uma primeira reunião”, disse Lula em entrevista coletiva em Paris, em recente visita de Estado à França.

Lula e Zelenski foram ao G7 como países convidados de fora do bloco. O G7 é composto por Canadá, que sedia a cúpula do grupo este ano, Estados Unidos, Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália e o Japão. A União Europeia também faz parte.

Além do Brasil e da Ucrânia, foram chamados África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México.

Os países tiveram uma reunião ampliada nesta terça. Na ocasião, Lula criticou ataques de Israel ao Irã e afirmou que o conflito pode ter consequências imprevisíveis ao mundo. Também tratou da exploração energética e disse que o Brasil não será “palco de corrida predatória” de minerais.

Fonte: Folha de São Paulo

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