As Brigadas Al-Qassam, braço militar do Hamas, assumiram a autoria do ataque, nesta quinta-feira (16), que matou um soldado de Israel e feriu outros cinco em um posto de controle entre Jerusalém e Cisjordânia.
O atentado, segundo a organização terrorista, pretendia “vingar o sangue dos mártires” da Faixa de Gaza. Mais de 11 mil palestinos já morreram no território desde o dia 7 de outubro, quando a guerra entre Israel e a facção extremista começou, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
O soldado israelense Avraham Fetena, 20, atingido no posto de controle, chegou a ser levado para o hospital em estado crítico, mas não resistiu.
Os criminosos chegaram em um veículo e abriram fogo no momento em que os soldados iriam interrogá-los, segundo o chefe da polícia local, Yaakov Shabtai. Três atiradores foram mortos.
Após o atentado, a polícia israelense disse ter encontrado duas metralhadoras automáticas, duas pistolas, centenas de munições, dez carregadores completos e duas machadinhas no veículo utilizado pelos terroristas.
A Cisjordânia é comandada pela Autoridade Nacional Palestina de forma parcial, sendo reconhecida por Israel e pela ONU. A entidade palestina é rival do Hamas e vê crescer o apoio público à facção rival no território que controla, enfraquecida politicamente e sob grave crise de legitimidade após 30 anos de sua criação.
Muitos na Cisjordânia têm visto nas ações terroristas do Hamas a única resposta possível para a ocupação de Israel do território e para a crescente violência de colonos israelenses contra palestinos na região.
Grupos de colonos têm aumentado ataques e invasões de casas da população palestina na Cisjordânia desde que o conflito em Gaza eclodiu. Os atos de violência contra palestinos na Cisjordânia ocupada já deixaram 188 mortos até esta quinta.
De acordo com a agência humanitária das Nações Unidas, a semana que se seguiu ao ataque do Hamas foi a mais mortal para a população de origem palestina no local desde 2005, com pelo menos 75 palestinos mortos por militares ou colonos israelenses —incidentes do tipo envolvendo colonos aumentaram de uma média de 3 para 8 por dia.