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Quem é Karen Bass, prefeita de Los Angeles em alta – 10/06/2025 – Mundo

Nos últimos dias, a prefeita Karen Bass tem sido uma figura de destaque em toda Los Angeles. Ela apareceu em estacionamentos onde autoridades federais realizaram batidas migratórias. Publicou atualizações nas redes sociais buscando tranquilizar imigrantes acuados, afirmando que a cidade lutaria por eles. Deu uma entrevista coletiva na Prefeitura para mobilizar seus eleitores e criticar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por enviar a Guarda Nacional.

“É a última coisa de que nossa cidade precisa”, disse Bass. “Ainda estamos tentando nos recuperar dos incêndios florestais.”

Seis meses atrás, Bass enfrentava dificuldades diante das críticas generalizadas à sua resposta inicial aos incêndios que destruíram partes de Los Angeles. Pesquisas mostravam que um número crescente de moradores estava insatisfeito com seu desempenho, e ela corria o risco de ter que lidar com uma nova candidatura de Rick Caruso, o rico incorporador que ela derrotou para conquistar a Prefeitura.

Mas os últimos dias representaram uma oportunidade. Bass se apresentou como defensora de uma cidade sob ataque —uma prefeita democrata em uma cidade democrata enfrentando um presidente republicano. Recorreu à sua experiência como organizadora comunitária para acalmar famílias imigrantes abaladas pelo “medo e terror” e buscou um equilíbrio entre defender o direito de seus eleitores de se manifestarem e condenar os manifestantes que estão “gerando violência”.

“Acho que isso evidencia sua força”, diz Fernando Guerra, diretor do Centro de Estudos de Los Angeles da Universidade Loyola Marymount. “Ela está completamente em sintonia com os demais líderes democratas do estado e com seus eleitores. É o ambiente perfeito para exercer sua liderança.”

Vários analistas sugeriram ainda que Bass, assim como o governador da Califórnia, Gavin Newsom, pode ser beneficiada por uma onda de apoio entre os democratas, normalmente divididos, à medida que cresce a oposição à decisão de Trump de mobilizar mais militares em Los Angeles.

Ainda assim, poucos dias após o início do confronto, ele mostra poucos sinais de arrefecimento. Se representa uma oportunidade para a prefeita, disseram alguns democratas, pode ser uma oportunidade limitada.

Após os incêndios, uma pesquisa da Escola de Assuntos Públicos Luskin da UCLA revelou que a popularidade de Bass havia despencado em relação ao ano anterior. Cerca de 49% dos entrevistados disseram ter uma visão desfavorável da prefeita, em comparação com 32% no ano anterior. Caruso, também democrata, não declarou se pretende concorrer novamente, caso Bass tente a reeleição em 2026, mas tem sido um crítico constante e de destaque de sua atuação na gestão pós-incêndios.

Bass foi criticada não apenas por estar em viagem a Gana quando os incêndios começaram, mas também por suas respostas hesitantes, nas horas após seu retorno a Los Angeles, a perguntas sobre por que estava fora e o que faria em seguida.

Os desafios que se apresentam a Bass envolveriam até mesmo o político mais experiente. Isso ficou evidente em uma entrevista coletiva recente, quando ela tentou demonstrar empatia por imigrantes em situação irregular e por manifestantes pacíficos, ao mesmo tempo em que advertia que quem cometesse atos ilegais seria preso.

E, em muitos aspectos, Bass é uma figura secundária nessa disputa, dominada por Trump e Newsom: ela não tem a mesma visibilidade nem a autoridade de um presidente ou de um governador.

Mas tem feito o máximo com o que tem —algo que não fez após os incêndios— preenchendo sua agenda com entrevistas em rede nacional e visitas às linhas de frente da crise em sua cidade. As batidas migratórias federais em Los Angeles “deixaram a cidade em pânico”, disse Bass em entrevista à MSNBC.

E, ao contrário dos dias posteriores aos incêndios, desta vez ela fala a uma audiência receptiva.

“A supermaioria das pessoas em Los Angeles apoia o que Bass e Newsom estão fazendo”, diz Guerra. “A base deles quer que resistam a Trump.”

Fonte: Folha de São Paulo

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