Embora a equipe ainda não tenha detalhado os planos de comercialização, o líder do projeto, Takuzo Aida, afirmou que sua pesquisa atraiu interesse significativo, inclusive do setor de embalagens, informa a Reuters. “As crianças não podem escolher o planeta em que viverão. É nosso dever como cientistas garantir que lhes deixemos o melhor ambiente possível”, disse Aida.
A poluição por plásticos deve triplicar até 2040, previu o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, adicionando de 23 a 37 milhões de toneladas métricas de resíduos aos oceanos do mundo a cada ano.
Aida disse que o novo material é tão resistente quanto os plásticos à base de petróleo, mas se decompõe em seus componentes originais quando exposto ao sal marinho. Esses componentes podem então ser processados por bactérias naturais, evitando assim a geração de microplásticos que prejudicam a vida aquática e entram na cadeia alimentar.
Como o sal também está presente no solo, um pedaço de cerca de 5 cm se desintegra em terra após mais de 200 horas, acrescentou. O material pode ser usado como plástico comum quando revestido, e a equipe está concentrando sua pesquisa atual nos melhores métodos de revestimento. Segundo Aida, o plástico é atóxico, não inflamável e não emite dióxido de carbono.