Um homem sírio de 23 anos esfaqueou várias pessoas em uma rua no centro de Villach, cidade no sul da Áustria, neste sábado (15).
Um menino de 14 anos morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave, segundo informações da polícia. O suspeito foi preso. Os feridos têm de 14 a 32 anos.
O ataque ocorreu pouco antes das 16h locais (12h no horário de Brasília) no centro da cidade, na província de Caríntia.
Um entregador de comida —também originário da Síria— viu o que estava acontecendo e atropelou o suspeito com seu veículo, deixando-o levemente ferido.
O homem detido não tem antecedentes criminais, de acordo com informações preliminares. Ainda não se sabe o motivo do ataque. Testemunhas disseram que o suspeito teria gritado “Allahu Akbar” (Deus é o maior) antes do atentado.
O governador de Caríntia, o social-democrata Peter Kaiser, pediu que ocorram as “consequências mais duras” por essa “incrível atrocidade”.
O líder de extrema direita Herbert Kickl, cujo partido venceu as eleições nacionais realizadas em setembro pela primeira vez na história, mostrou-se “horrorizado” pelo ataque, qualificando-o como um “erro do sistema”.
O ataque ocorre dois dias após um afegão jogar seu carro contra uma multidão em uma rua movimentada de Munique, na Alemanha. Neste sábado, a polícia alemã afirmou que uma mulher de 37 anos e sua filha de 2 anos morreram em decorrência dos ferimentos que sofreram após serem atropeladas.
Elas foram as primeiras vítimas do acidente que não resistiram aos ferimentos. A polícia prendeu o motorista e o identificou como um afegão de 24 anos —seu nome não foi divulgado.
Na sexta-feira (14), as autoridades tinham afirmado que ao menos 39 pessoas haviam ficado feridas na ação, algumas em estado grave. O carro avançou sobre ativistas sindicais que protestavam por salários mais altos.