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saiba tudo sobre o pânico de engravidar ou parir

“A mulher com pânico irreal de engravidar pode recorrer a pílulas do dia seguinte e múltiplos testes de gravidez, mesmo tendo tido relação sexual protegida”, exemplifica a psiquiatra. “Os sinais físicos podem ocorrer com a sensação de inchaço abdominal, seios doloridos e muita angústia, até que ela tenha a certeza de não estar grávida”, descreve Andressa.

“Na gestação, a mãe com fobia não está em uma aceitação total e isso não é positivo para a mulher e nem para a criança. Ela pode se sentir extremamente culpada por estar com medo”, alerta Elaine.

Como diferenciar medo comum do distúrbio que é a tocofobia?

De acordo com a especialista, o transtorno se caracteriza por um medo disfuncional. “É quando a mulher deixa, por exemplo, de ter outras relações sexuais, sente dificuldade para dormir, para se alimentar, não consegue realizar suas funções no trabalho e começa a ter uma alteração da sua rotina”, explica.

Esse é o momento em que é importante saber que algo está errado e buscar ajuda. “No momento em que se torna algo patológico, impactando no dia a dia, na vida sexual, no relacionamento e na saúde dessas mulheres, é essencial procurar auxílio profissional”, acrescenta Andressa.

Como é feito o diagnóstico da tocofobia?

Quando a própria mulher ou a família e pessoas ao redor desconfiam de que o medo de engravidar é excessivo e que pode caracterizar o transtorno, é fundamental agendar uma consulta com um especialista.

O diagnóstico da tocofobia é feita por meio de uma avaliação psiquiátrica, com anamnese (uma conversa entre médico e paciente, com perguntas específicas, cujas respostas vão ajudar a compor o quadro) e testes psicológicos.

Impacto da tocofobia na gravidez e no parto

Por conta do medo irracional, a tocofobia secundária, ou seja, aquela que afeta mulheres que já estão grávidas, pode levar ao estresse e à ansiedade, que podem prejudicar a gestação. A mãe não vive a fase plenamente, mas vive pensando em tudo o que pode dar errado.

Em alguns casos mais graves, segundo a psiquiatra, a existência da tocofobia pode ser uma indicação de cesariana. “Por isso, é extremamente importante que paciente, psiquiatra e o obstetra estejam em sintonia para avaliar o que será mais seguro e confortável em cada situação”, diz Andressa.

“Se não tratada, [a tocofobia na gravidez] pode levar a um quadro de depressão grave ou psicose puerperal, no qual a criança precisa ser afastada da mãe, ela não pode amamentar e, geralmente, necessita de internação”, alerta a obstetra Karina.

Quais são as opções de tratamento para a tocofobia?

Como a tocofobia é um transtorno que afeta a vida da mulher em diversas camadas, reconhecer, diagnosticar e tratar o problema é fundamental para recuperar a qualidade de vida. “Os tratamentos possíveis são a terapia cognitivo comportamental e, se necessário, fazer uma intervenção medicamentosa”, aponta a psiquiatra.

No entanto, no caso das grávidas, o uso de medicação é algo que precisa ser avaliado cuidadosamente entre psiquiatra e obstetra, pois as gestantes não podem tomar todos os tipos de medicamentos. É necessário avaliar caso a caso!

Andressa também lembra que algumas técnicas, como a meditação, podem ser poderosas aliadas no processo. “As chances de melhora irão depender de cada paciente e da intensidade dos seus sintomas”, pontua a especialista.

Karina destaca, ainda, a importância do apoio da família, principalmente do marido. “É preciso deixar claro que a mulher [com tocofobia secundária] não está rejeitando o filho. As pessoas ainda não acreditam completamente nos transtornos psiquiátricos, mas é preciso, sim, estar atento aos que estão à nossa volta. Alterações na personalidade podem ser um sinal de que é preciso buscar ajuda e dar apoio”, finaliza.

Fonte: TNH1

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