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Mpox: combater estigma é chave para encerrar surto Burundi – 20/09/2024 – Equilíbrio e Saúde

É possível encerrar o surto de Mpox no Burundi em questão de semanas, disse um oficial de saúde da Organização das Nações Unidas nesta sexta-feira (20), mas o progresso no segundo país mais afetado da África dependerá de obter recursos adequados e combater o estigma associado à doença.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou o recente surto da doença, conhecida por causar bolhas cheias de pus, uma emergência em agosto após uma nova variante ter sido identificada.

Burundi registrou quase 600 casos, sendo o segundo país com mais casos no novo surto, atrás da República Democrática do Congo (RDC), mas os surtos estão limitados a uma área específica e nenhuma morte foi relatada.

Paul Ngwakum, conselheiro regional de saúde para a África Oriental e Austral do fundo para crianças da ONU (Unicef), disse que era possível encerrar o surto em questão de semanas.

“Podemos limitar a propagação, conter o vírus e potencialmente encerrar o surto sem perdas de vidas”, disse por videoconferência de Bujumbura. “Acredito que se tivermos todos os recursos… podemos interrompê-lo muito rapidamente.”

Um dos fatores é a capacidade de combater o estigma aumentando a conscientização sobre a doença, disse Ngwakum, pedindo a necessidade de “dissipar mitos e acalmar medos”.

“É assustador… Se as pessoas estiverem com medo e não quiserem se apresentar, levará muito tempo”, acrescentou.

O Unicef solicitou quase US$ 60 milhões (cerca de R$ 328 mi) para o Burundi e outros cinco países.

Cerca de dois terços dos infectados até agora em Burundi são crianças, disse Ngwakum, e o Unicef está trabalhando para retomar os planos de aprendizagem remota da pandemia da Covid para que as crianças possam continuar aprendendo no hospital ou em casa enquanto estão isoladas.

A Mpox é uma infecção viral que causa sintomas semelhantes aos da gripe e bolhas, e embora geralmente seja leve, pode ser fatal, especialmente se as pessoas estiverem lutando contra outra doença ou estiverem desnutridas. No conflito vizinho do Congo, mais de 700 pessoas morreram entre 21.835 casos suspeitos da doença, mostraram dados da OMS.

Até agora, casos foram relatados por 15 países africanos, com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (Africa CDC) alertando na quinta-feira (19) que o surto ainda não está sob controle.

Fonte: Folha de São Paulo

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