O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito para o terceiro mandato, informou na madrugada desta segunda-feira (29) o Conselho Nacional Eleitoral do país, órgão controlado pelo chavismo.
A vitória de Maduro repercutiu entre chefes de Estado e líderes políticos mundiais, da esquerda à direita.
A vitória de Maduro o mantém no cargo que ocupa desde 5 de março de 2013, após a morte de Hugo Chávez. À época, Maduro estava a menos de cinco meses no cargo de vice-presidente, e recém havia deixado a chefia do ministério das relações exteriores venezuelano, que comandava desde 2006.
Veja abaixo reações de líderes da América Latina e do mundo à vitória de Maduro.
O regime de Maduro deve compreender que os resultados são difíceis de acreditar. A comunidade internacional e especialmente o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das atas e do processo. […] Do Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável
Os Estados Unidos têm sérias preocupações de que o resultado anunciado [pelo regime] não reflete a vontade nem os votos do povo venezuelano e pedem que as autoridades eleitorais publiquem uma relação detalhada dos votos
Condeno em todos os seus extremos a soma de irregularidades com intenção de fraude por parte do governo da Venezuela. O Peru não aceitará a violação da vontade popular do povo venezuelano.
Não há dúvida: ganhou a resistência democrática e o povo se pronunciou com sua voz estrondosa. Maduro está pressionando para que, em poucos minutos, o CNE o declare ganhador sem expor as atas de sua brutal derrota. Têm preparado um convite ao ‘diálogo’ e à ‘reconciliação’ enquanto despojam o povo de sua vontade e buscam que os governos de Colômbia, Brasil e México sejam os primeiros a reconhecer semelhante atrocidade.
A maioria dos venezuelanos falou alto e claro: Maduro deve deixar o poder. Agora as Forças Armadas Venezuelanas têm a oportunidade de ficar do lado certo da história e garantir que a vontade do povo seja respeitada. Apelamos à comunidade internacional, e especialmente aos países da região, que devem garantir o compromisso de atrasar, para não permitir que esta ditadura se perpetue ao longo do tempo.
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